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Covid-19

O SARS-CoV-2 é uma nova variante da família de beta-corona vírus, sendo transmitido por contato direto ou por spray suspenso no ar, assim como os SARS, MERS e outros quatro conhecidos coronas vírus – OC43, 229E, NL63 e HKU1. Acredita-se que a maioria das transmissões de infecção se dá por spray de gotículas de tosse e espirros e por contato direto com secreções (saliva, muco, vomito e outros veículos). Assim, sabe-se que esse vírus causa uma doença infecciosa com elevado grau de transmissibilidade, que levou a epidemia global. 

A pandemia de coronavírus se tornou urgente devido a sua alta taxa de transmissão entre humanos e sua letalidade. A epidemiologia mostra taxas de 2 a 3% de mortalidade entre os infectados e, até o presente momento, não existe medicamento antiviral ou vacinas eficientes para a cura e proteção disponíveis ao público. O que nos resta são ações de prevenção mecânica e autocuidados.

Os coronavírus são da família dos Coronaviridae e contém um único genoma de RNA de sentido positivo de fita simples, cercado por um envelope helicoidal semelhante a uma coroa. Aproximadamente 100 sequências do genoma do SARS-CoV-2 foram publicados, que sugerem que existem dois tipos, tipo I e tipo II, do qual este último veio do mercado de Wuhan na China, enquanto a cepa tipo I veio de um local desconhecido. Assim, o genoma consiste em 29.751 pares de bases (NC_045512.2) e seu genoma é cerca de 80% homólogo com vírus SARS e seu tamanho varia de 60 a 140 nm, com tamanho médio de 0.10 µm. 

A luz ultravioleta pode ser uma medida eficaz para a descontaminação de superfícies que podem ser contaminados pelo vírus SARS-CoV-2, induzindo-se foto dímeros nos genomas de microrganismos. A luz ultravioleta se mostrou ser capaz de destruir vírus, bactérias e fungos em centenas de laboratórios segundo estudos. O vírus SARS-CoV-2 ainda não foi testado especificamente por sua suscetibilidade ao ultravioleta, mas muitos outros testes em coronavírus relacionados incluindo o coronavírus SARS, concluiu-se que eles são altamente suscetíveis a inativação pelo ultravioleta. Estima-se que o vírus SARS-CoV-2 possa sobreviver em superfícies por até 9 dias, com base em sua similaridade com SARS e MERS.

Desinfetantes padrão são eficientes contra SARS-CoV-2, mas como um processo adicional de proteção contra erros no processo de limpeza manual, a luz ultravioleta pode ser usada para desinfectar as superfícies após concluído o processo manual de desinfecção.

A Figura  a seguir, resume os resultados dos estudos que se têm realizado em coronavírus sob exposição a luz ultravioleta, com as doses específicas indicadas em cada caso. O valor D90 indica a dose de ultravioleta para 90% de inativação do vírus, assim, embora exista uma grande variação nos valores de D90, isso é típico de estudos de laboratório sobre susceptibilidade aos ultravioletas. Os valores de D90 para corona vírus variam de 7 a 241 J/m² a média dos quais é de 67 J/m², devem representar a suscetibilidade a luz ultravioleta ao vírus SARS-CoV-2 (COVID-19). Muito também se tem falado que uma fluecia de 220 J/m², seria o recomendável para D99.

Fonte: Research Gate